quarta-feira, 5 de outubro de 2011

:((


O primeiro Mac que vi na vida foi em 1984, na casa de uns amigos baianos que moravam em Austin, Texas. Me lembro da sensação estranha de ver o mouse pela primeira vez. E aquela telinha minúscula do Classic, onde o pai dos meus amigos editava suas partituras.

Pulando para 1990, no meu primeiro emprego, foi quando tive o desprazer de usar um Mac pela primeira vez. Era um Classic também. A versão do OS era bem mais nova. Detestei. Estava acostumada ao Windows e o Mac era um porre para acentuar. Tolinha...

Em 1994, usei um Pro Tools pela primeira vez. Foi numa aula de "Música no Computador" da Rio Música. Lá, o Geremias Fontes me mostrou como se fazia para gravar, tocar e editar áudio dentro de um MacIntosh. Se não me engano, um Quadra. Ainda relutante comecei a utilizá-lo para poucas coisas no trabalho. Até que, pouco tempo depois, tive que mixar um disco no Mac. Fiquei 1 mês sofrendo bastante, mas depois dali, eu vi que o sistema estava anos luz à frente de um PC. E como ele era fácil! Eu que adoro linhas de comando, tive de me render aos bonequinhos do System. Ao não ter que precisar configurar tudo o tempo todo, dava pra prestar atenção só ao trabalho. Tipo, o Mac praticamente não enchia o meu saco. O Pro Tools e os clientes sim. Mas era pra isso que eu estava sendo paga, né?

O melhor Mac que já usei na vida foi o 9600. Era uma belezinha de máquina. Caraca.

Depois, veio o fiascão do G3. Detestei e insisti no 9600 até onde deu. Felizmente vieram os G4, os G5 e assim por diante.

O System só foi ficando mais interessante, embora tenha ficado mais orientado para mercado do que para usuário hardcore. Ficou meio pesadão para áudio e vídeo e começou a travar. Mas sempre foi mais elegante do que o Windows. Sempre. É um sistema de verdade. Ainda acho, com um saudosismo de velhinha de 93 anos que sou, que a melhor versão do System foi a 9.

Adorava usar um Octa, já em 2008/2009, mas a minha atual paixão é o meu MacBook preto velhão (no qual escrevo estas linhas). Temos dois MacBooks branquinhos, um MacBook Air, um iPad2 (vendemos o 1), um iPod Touch, um iPod Shuffle, só faltou o iPhone mesmo.

Fiquei super chocada quando li uma matéria na Wired, de 1999, onde eles já anunciavam o iPad! E com nome e tudo!

Realmente, quando uma pessoa assim consegue conglomerar talentos, ver as oportunidades tecnológicas e liderar dessa maneira, temos um momento raro para a coletividade.

Por sorte, é um legado que está aí para ficar.

Obrigada, Steve Jobs.


sábado, 1 de outubro de 2011

Sampa, Meu II - Clube Escola

Sampa talvez seja uma das cidades do Brasil onde se vê, de alguma forma, seu imposto voltando pra vc em serviços. Lógico que é muito, mas muito aquém do que deveria ser, mas não dá pra negar: tem muita atividade "de graça". Ou seja, seu dinheiro acaba se revertendo a seu favor (mesmo que a maior parte dele vá parar dentro da cueca de algum governante) mais do que em outras capitais.

(Talvez perca pra algumas cidades do Sul do país, mas não tenho certeza disso.)


Uma dessas paradas maneiras geradas com dinheiro público são os Clubes Escola. Tem um em frente à minha casa e é uma gracinha. Além disso, tem atividades super fofas, como Dança de Salão, Dança do Ventre, Karatê, Muay Thai e umas mais básicas, como ginástica, oficina de corrida e caminhadas para a terceira idade (e pessoas com muito sobrepeso).

Sei que no Clube Escola do Ibirapuera, vc tem uma verdadeira academia totalmente de graça.

Como se faz para descobrir um Clube Escola próximo a vc?       AQUI

Basta preencher a ficha que tem no site específico do CE que vc deseja frequentar, entregar lá e entrar na fila de espera. Mas acho quase que obrigatório aproveitar, pois é serviço de qualidade, pelo qual vc já pagou através do seu trabalho.

O meu é esse:

Clube Escola Unifesp





quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SAMPA, MEU!

Sei lá porque diabos, hoje acordei inspirada a fazer uma série de posts sobre São Paulo.

Acho que foi o fato de muitos estrangeiros (leia-se: de fora e de dentro do Brasil) recém-mudados reclamarem de ter dificuldades de se adaptar a Sampa.

Eu acho particularmente muito injusto, até porque não tive nenhuma dificuldade de adaptação à cidade. Claro, é totalmente diferente de qualquer outro lugar no qual vivi, mas não é essa a graça da vida??

Então, decidi colocar aqui o que gosto da cidade para ajudar a quem está precisando de uma mãozinha adaptativa. É também uma forma de agradecer a esta cidade por toda a sua generosidade discreta.

O primeiro erro de um imigrante é querer reproduzir o estilo de vida do local de onde veio. É o grande erro da maior parte dos cariocas que vêm pra cá. Por exemplo, quando o carioca vai morar em Paris, ele não fica procurando onde está a praia. Paris tem outros atrativos, é LÓGICO! Assim sendo, o carioca terá de reinventar os seus hábitos para estabelecer uma rotina prazeirosa de acordo com as possibilidades que Paris lhe oferece. E assim é com todos os demais estrangeiros que se mudam para cá.

São Paulo, embora mais discretinha e feiosinha (esse feiosinho será tema de posts futuros), é composta de muitos universos dentro uma área bem compacta. Isto quer dizer que vc pode viver de "n" maneiras diferentes. Vc pode encontrar os mais diversos grupos de pessoas: gente muito rica e gastadeira, gente fútil, gente ultra-hippie, classe artística caretinha, classe artística super avant-garde, gente preocupada com o meio-ambiente, gente como a gente, gente que gosta de pagode e axé, gente que só pensa em trabalhar, gente que não sai de casa de jeito nenhum, baladeiros, caseirinhos, empresários, empreendedores, etc.

Outra decorrência interessante dessa multiuniversalidade paulista é que vc JAMAIS encontra um conhecido na rua. Isso não acontece. Eu morei em cidades muito menores do que São Paulo, cidades menores, até, que o Rio. Um fenômeno muito comum quando estou no Rio é encontrar um conhecido no ônibus, no Metrô, passeando no Largo do Machado, etc. Aqui em Sampa, nem andando todos os dias na Av. Paulista eu encontro alguém do meu círculo de amizades.

Se eu fizer um show em cada SESC da cidade, o público NUNCA se repetirá. Haverá, em cada apresentação, 400 pessoas diferentes para assistir ao show.

No entanto, ao redor do local onde vc mora, na sua vizinhança, vc começará a estabelecer uma rede de "conhecidos". Isto se dá com todo mundo e eu apelidei de "aldeias paulistas". Na verdade, vc vive numa aldeiazinha, que são os seus arredores e, ali sim, vc esbarrará por algum conhecido na rua. O fascinante disso é que vc encontra praticamente todas as atividades que deseja dentro da sua aldeiazinha. E, devido aos problemas de deslocamento dentro da cidade, a tendência é vc querer ter todas essas atividades bem perto da sua casa para poder ir à pé.

Então, aqui vai o meu conselho número 1: Conheça a sua aldeia! Conheça as pessoas que estão logo ali, ao seu lado. Verifique em que dia da semana é a feira pertinho da sua casa para comer pastel (só Sampa tem pastel de verdade!), onde é o boteco que tem aquele prato executivo delicioso (tem 3 ótimos a menos de 1 quarteirão da minha casa), onde é o bar onde vc pode assistir aos jogos de futebol e demais eventos esportivos, onde tem um restaurante bom (e isso vai ter com certeza!) para ocasiões especiais, onde tem uma academia ou clube de bairro, onde fica o parque mais próximo (São Paulo possui 63 parques grandes!), onde é a melhor padaria das redondezas (outra maravilha paulistana), encontre as coisas que são únicas da sua aldeia, aquilo que só tem ali e que as pessoas se deslocam de longe para frequentar.

Seja bem-vindo(a)! :)